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31 março 2010

O calor do debate sobre cotas

Vamos falar de cotas para negros em universidades e faculdades.
É interessante como esse assunto suscita os mais acalorados debates. As pessoas estão empenhadas em discutir se as cotas são ou não uma forma adequada levar uma quantidade maior de estudantes negros a instituições de ensino superior onde tradicionalmente predominam os estudantes brancos. E aqueles que não estão empenhados no debate ao menos possuem alguma opinião, mesmo que genérica. Discute-se, então, se as cotas determinadas em lei são ou não constitucionais, se são ou não uma forma de racismo às avessas, se são ou não a solução para grupos sociais que historicamente têm tido poucas chances de subir na pirâmide econômico-social. E não acho que esse debate seja sem razão, pelo contrário: é importante que o debate ocorra, que a sociedade discuta o tema e procure soluções. O assunto precisa ser discutido!
Entretanto, há um aspecto desse debate que, em geral, não é percebido pelas pessoas (e, quando percebido, não costuma ser abordado). Um fato que muito tem me interessado. Trata-se da emotividade e da avaliação moral, de modo geral a atitude subjetiva, que os debatentes costumam carregar em seus argumentos. Comparadas às reações que costumamos encontrar em outros debates análogos, estas reações me parecem interessantemente diferentes.
Nos próximos posts aprofundarei o tema.

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