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30 julho 2010

Presidente Lula e a crise diplomática entre Colômbia e Venezuela

A verdade é que o território Venezuelano realmente abriga acampamentos das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Existem diversas provas de que o presidente da Venezuela, Hugo Chaves, no mínimo, tolera a presença de grupos das FARC em seu país. E existem outras tantas provas (dadas em seus pronunciamentos) de que o ditador bolivariano é simpático à luta "revolucionária" que as FARC promove em solo Colombiano.
A crise diplomática entre Colômbia e Venezuela não é acidental e não pode ser considerada pouco importante. Por trás dela existe a clara intenção do governo de Caracas de desestabilizar o atual governo de Bogotá. E como o presidente do Brasil, defensor dos governos legítimos e democráticos latinoamericanos (lembrem-se do "evento Honduras"), se posicionou? Criticou o presidente da Colômbia por ter reclamado do apoio que Hugo Chaves estaria dando às FARC, que promovem uma guerra em território colombiano a partir de bases em território venezuelano!
O presidente Lula está alinhado com Hugo Chaves e também é simpático à revolução que as FARC promovem na Colômbia. Revolução esta considerada por muitos como terrorista, pois é feita à base de sequestros, bombas e tiroteios em locais públicos e tráfico de drogasLeia mais sobre isso no artigo de João Bosco Rabello.
Mas antes que alguém venha contestar que o atual governo de Brasília é ligado às FARC, quero registrar alguns fatos:
1. Francisco Antonio Cadena Collazos, conhecido como Olivério Medina, foi preso no Brasil em 2005. Apontado como um dos dirigentes das FARC, Olivério Medina responde a processos na Colômbia por ter participado de ataques terroristas das FARC em 1991. O Brasil recusou os pedidos de extradição da Colômbia e concedeu asilo político a Olivério, que, desde então, vem sendo apontado como "embaixador das FARC" no Brasil. Para quê o presidente do Brasil precisa de uma canal direto de diálogo com as FARC?
2. Antes que se diga que Olivério Medina não tem acesso ao Palácio do Planalto e que o título de "embaixador das FARC" no Brasil é exagerado, note-se que em 2006 a então ministra da Casa Civil Dilma Roussef contratou Angela Maria Slongo para um cargo de confiança da Secretaria Especial da Aquicultura e Pesca. Angela Maria, que até então era professora no Estado do Paraná, foi contratada na Secretaria Especial "do cabide" e Pesca para ficar próxima ao Palácio do Planalto. Angela é esposa de Olivério Medina, apontado como um dos dirigentes das FARC e exilado político no Brasil.
3. É notório o pouco caso com que o governo Lula tem tratado a segurança das fronteiras brasileiras na Amazônia e com frequência lemos nos jornais notícias que falam da presença de grupos armados das FARC circulando livremente pela Amazônia. Se isso não incomoda o presidente Lula fica fácil entender porque ele saiu na defesa do "companheiro" Hugo Chaves e criticou o presidente Colombiano.

Links:
João Bosco Rabello: PT e FARCS - Uma antiga relação ideologica que encontrou abrigo no governo brasileiro
Reuters / O Estado de São Paulo: EUA congelam bens de embaixador das FARC no Brasil

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