O crime na escola infantil no Realengo, Rio de Janeiro, foi terrivelmente impactante e revoltante. Não consigo encontrar explicações racionais para o que aquele insano fez.
E é essa mesma a palavra a usar para um assassino daqueles: insano. Essa palavra não diminui em nada a gravidade do ato ou a responsabilidade do criminoso, mas explica bem o que leva alguém a passar por cima de moral, amor, compaixão, civilidade e fé em algum Deus supremo para tirar de forma tão cruel a vida de crianças inocentes. Sou pai e me sinto profundamente comovido com os pais que perderam seus filhos.
Mas agora vem de novo o Ministério da Justiça falar em campanha de desarmamento voluntário e maiores restrições ao porte de armas. Não que eu seja a favor que o cidadão ande armado, mas porque vejo nisso um oportunismo revoltante. Alguém acha que se estivéssemos no meio de uma grande campanha de desarmamento voluntário aquele assassino louco teria entregado suas armas não registradas e desistido de seu plano insano? Alguém acredita que o assassino comprou suas armas numa loja regular e as registrou? Ele tinha porte de arma? De onde vieram suas armas: do comércio regular ou do contrabando?
Amigos, não existem soluções fáceis para problemas sociais difíceis! Podemos até discutir maiores restrições ao porte de armas, mas o que precisamos discutir neste caso é o contrabando e o crime organizado. É aqui que está o problema a ser combatido.
E, é claro, enquanto discutimos esse importante problema, não percamos de foco o verdadeiro motivo pelo qual o governo levantou esse debate de desarmamento (sabendo que seria polêmico): a apresentação, pela Polícia Federal, do relatório das investigações que provaram que o Mensalão existiu e que não foi só caixa dois. Aqui está o verdadeiro debate polêmico que o governo não quer discutir.
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