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10 abril 2011

Língua como crachá ideológico

Observe os políticos, as políticas e os jornalistas que usam a expressão "presidente Dilma" e os que usam "presidenta Dilma". Agora observe o alinhamento ideológico ou o alinhamento político atual de cada um.

Notaram o detalhe?

Antes, para ser petista, ou da esquerda mais radical em geral, "tinha" que se usar barba. Isso era um problema, pois alguns companheiros eventualmente poderiam não gostar da moda e aliados políticos de ocasião, muito menos. Sem falar no viés sexista da moda, visto que só homens poderiam ter barba!

Mas agora os "tempos modernos" trouxeram uma nova forma de se marcar a posição política. Democrático (ambos os sexos podem usar), relativamente discreto, aparentemente erudito e inequivocamente ideológico, o "crachá linguístico" da novilíngua do Planalto cai bem, tanto em companheiros da esquerda mais radical, quanto nos aliados de plantão, como os políticos de centro, travestidos de esquerda, no PMDB: a expressão "presidenta".

Nota final: Pode ser que alguns que leiam meu blog sejam adeptos do termo "presidenta". Dentre estes, para os que trabalham na área de notícias e forem homens, peço desculpas por os ter chamado de "jornalistas", termo obviamente inadequado para um homem, e corrijo para "jornalistos".

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