Deixa
ver se entendi...
Congresso põe em votação qualquer emenda
(in)constitucional que beneficie o governo ou os companheiros; Rolo
compressor do governo aprova a emenda (in)constitucional; Oposição
recorre ao judiciário para analisar se a emenda é inconstitucional; O
judiciário, que, ao contrário do Congresso, é feito de juristas, julga a
emenda como inconstitucional; julgamento volta ao Congresso e os
companheiros, dando uma "banana" para o povo, para a democracia e para a
separação de poderes, desfaz a decisão judical e restaura a emenda
(in)constitucional. E junte-se a isso a nova emenda constitucional que
proibe o ministério público de investigar casos de corrupção, que agora
só podem ser investigados pela polícia federal (que é subordinada ao
Ministério da Justiça)...
Vão dizer: "Não é bem assim. Quando Congresso e Judiciárionão não se entenderem sobre a sentença de inconstitucionalidade, deverá haver plebicito, o que é democrático."
Como que é? Isso é ridículo! Primeiro porque é uma interferência na independência do Judiciário (uma sentença deveria ser soberana). Segundo porque sabemos muito bem que com a máquina de propaganda e o gigantesco cadastro de "bolsa-compra-de-votos", quer dizer, desculpe, "bolsa-familia" que o governo tem, não dá pra fazer plebicito democrático. E terceiro: com o aumento do quorum mínimo para a votação no STF da inconstitucionalidade de uma emenda, fica quase impossível aprovar qualquer coisa que contrarie o governo, graças aos poucos ministros do STF mais alinhados com o governo que com a Jurisprudência...
Agora ninguém segura esse Congresso e o Governo! Ainda bem que temos o Ministério Público para nos defender... Como é que é? Não temos mais? O Ministério Público não pode mais investigar corrupção? Só a Polícia Federal pode, quando o Ministro da Justiça autorizar? É... Dançamos!
Cada vez mais fica claro que o Brasil caminha para uma Venezuelização. Quem viver, verá!
Detalhe: a comissão que aprovou essa aberração, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), é composta pelos condenados pelo STF no caso do Mensalão, como o José Genoino e o João Paulo Cunha. Será uma vingança? Será?
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